quarta-feira, outubro 10, 2001

Pô... Fugir. Eis a solução. Se eu posso varrer a sujeira para baixo do tapete, por que eu tenho de encará-la? Ainda que ela incomode toda vez que eu topar. Mas tudo bem, olho pro outro lado e ela some. Sou um fraco? Não, não... à primeira vista talvez, mas desafio quem atirar a primeira pedra. O fardo da dor é lacerante. Como se um samurai invisível rasgasse minha alma ao meio, o pior de tudo é que não há sangramento e muito menos morte(pelo menos física), de tal forma que ainda que eu agonize por séculos, não terei a liberdade do fim e ainda verei os olhos do meu algoz pela eternidade.
Mas não resta dúvida: sou um covarde.

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