sexta-feira, janeiro 17, 2003

Diario de bordo - 30 de dezembro do longinquo 2002

Fui Pra NY com uma excursao de um curso de ingles. Nao, nao faco nenhum curso de ingles, o lance eh que conheco um cara que trabalha nessa escola, tinha vaga e eu fui. Fiz o esforco descomunal de estar la na hora marcada: 6h da manha. Mesmo tendo ido dormir quase 4h. Nao lembro direito entao dos fatos ocorridos ate certa hora, pq eu estava semi-consciente, meu corpo estava acordado, mas meu cerebro nao. Pelo menos ate destribuirem varias paginas com letras de musicas dos Beatles, sabe como eh, excursao de curso de ingles tem que inventar algo produtivo pras 4h de viagem. Entao, mas sendo Beatles nao me recusei a cantar junto, ate acordei e cantei todas as musiquinhas. Mas depois disso o ceu escureceu e uma nausea indescritivel tomou conta de mim ao descobrir que depois de uma sessao com os inventores da musica pop/rock as proximas musicas "pra todo mundo cantar junto" seriam "I will survive" com a Gloria Gaynor(logico que nao seria a versao do Cake), "Its raining man" e mais uma serie de coisas trash que faco questao de nao lembrar. Rapidamente saquei meu MD player, aumentei o volume e o alivio veio com os primeiros acordes de Point #1...la fora o dia nascendo bonito, tudo coberto de neve e o Chevelle cantando nos meus ouvidos "It seems I’ve gained the world but have nothing...".
Em NY constato que nao tenho a menor vocacao pra turista. Detesto essas coisas de ficar vendo "ponto turistico". A unica coisa que queria realmente ver era a vista do alto do Empire State, mas nao estavamos dispostos a enfrentar a fila estimada em 3 horas, por unanimidade resolvemos ir direto pra Times Square. Gostei de andar por la, o que nao posso dizer sobre Wall Street(tambem pudera), a porcaria de um monumento/touro que disseram ser famoso(eu nem liguei, nao me destaquei da van pra tirar foto com porcaria de touro, nao importa o que ele represente, pra mim eh so um touro de metal nem de vaca eu gosto, quer dizer, so se for morta e mal passada...hehehe), e aquela multidao de gente nas ruas...muuuuiiita gente mesmo, nunca vi nada parecido...algumas horas dava a impressao de se estar num mar de pessoas, pessoas indo em vindo como corrente maritima, dificil ate de parar, tinha que procurar um canto pra nao ser levado pela massa. Rockefeller Center foi ok...mas nada demais, uma arvore de natal gigante, so what? E uma fila imensa pra andar na pista de patins. O Ground Zero um buraco que se tem que pagar 8 dolares pra descer e ver(o que?), pra mim ver de dentro do carro foi mais que suficiente. A estatua da liberdade de longe, pq se leva muito tempo pra pegar o barco e ir ate la...alem de estar interditada em tempos de atentados. Pra nao dizerem que sou mala, gostei da arquitetura...umas igrejas goticas enormes. Muitos arranhas-ceus e concreto por todo lado... A Trump Tower tb tinha uma arquitetura bem interessante, por dentro e por fora tudo dourado. Ah, o Central Park tb eh legalzinho, so que qdo cheguei por la ja tava de noite e frio pra caramba. Que me lembre foi so... A volta talvez tenha sido o momento mais divertido, nao pq estavamos voltando pra Boston, mas pq o mane do Nelson(que estava servindo de motorista) nao conseguia nem sair de Manhattan. Depois ainda nos perdemos de novo e ficamos tirando onda com a cara do motorista e do co-piloto, dizendo que ja estavamos chegando no Mexico, em Tijuana, e a doida da Alessandra dizendo que queria descer, que pro Mexico ela nao queria ir...hehehehe
Ah, um fato curioso, descobri que japones tb sabe ler maos...desculpando a ignorancia, pensei que fosse so cigano que fizesse isso... Descobri que quiromancia eh uma tradicao japonesa tb...perguntei como o japa sabia ler maos e ele disse o obvio: estudando. Disse que tinha um "mestre" que o orientava tb. Claro que pedi minha consulta de graca, o problema eh que so entendi 50% do que ele falou, o ingles dele era meio dificil...e ele ainda ficava com vergonha qdo eu pedia pra repetir. Qdo estendi a mao ele so dizia "Wow, wow, wow"...e eu perguntando "what??!! What??" Ele entao pediu desculpa umas 5x e disse que eu nao serei rico, eu disse tudo bem, nao tem problema...rs e ele insistia em pedir desculpas, que estava apenas dizendo o que via em minha mao...depois disse que vou "casar" ate os 29, entre 28 e 29. Se for ta perto, faco 28 daqui ha um mes. Veremos. Pq sera que previsoes se limitam aos campos do amor e financeiro? Resumindo, ele disse que vou ser pobre pra sempre e vou casar daqui ha, no maximo, um ano. Faltou o que pra completar minha tragedia? Como sou uma pessoa inteligente e centrada vou procurar nao so uma segunda opiniao como uma terceira tambem, vou me consultar com a mae Dina e com o Walter "liguedja" Mercado.

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